Com a benção de Deus, encontrarás mais segurança e paz, nas estradas do tempo, garantindo-te o êxito preciso nos deveres de cada dia, a caminho da vida maior. Emmanuel

domingo, 3 de julho de 2011

USO DA LINGUAGEM DURANTE A PALESTRA ESPÍRITA


Rinalda Bezerra Carlos

Em relação ao uso da linguagem nas palestras espíritas, gostaríamos de chamar atenção para um item que se não for devidamente cuidado, podemos incorrer no risco de comprometer uma palestra: o uso da linguagem.  Justamente por  tratar-se de uma tarefa educativa, envolvendo o ideal espírita, devemos evitar:
a)      Gírias – o uso de expressões dessa natureza, não dá credibilidade à mensagem que se quer passar. Isto porque a gíria origina-se em grupos circunscritos, de forma que só os pares que a codificam a compreendem. Assim, ao transpor essa forma de linguagem para um público maior, nem todos compreendem o que está sendo dito. Também vale dizer que a forma de linguagem universalizada é a culta, ensinada nas escolas, e se bem utilizada permite uma comunicação eficaz.
b)      Linguagem coloquial – por tratar-se da linguagem do nosso cotidiano, geralmente não nos detemos nas concordâncias, utilizamos as expressões regionalizadas, não prestamos atenção aos vícios de linguagem, ou seja, trata-se do nosso modo de falar corriqueiro,  sem aquela preocupação de  nos policiar. Geralmente falamos e não estabelecemos um planejamento. Já numa palestra, todos esses aspectos devem ser observados para evitar dispersão dos ouvintes, pois quem nunca se distraiu com alguns cacoetes que terminaram por imprimir uma marca no orador!   

c)      Palavras chulas, de baixo calão ou depreciativas – é necessário ainda reforçar que o nosso discurso nos apresenta e imprime as nossas impressões nos lugares onde circularmos. Sendo assim, devemos ter muito cuidado com o que falamos e como falamos. Portanto, não é demais reforçar que esse tipo de linguagem não se adéqua em nenhum lugar, sobretudo para aqueles que estão adotando o ideal espírita. Lembremos que as palavras são carregadas de significados; uma vez proferidas, perdemos o domínio das variadas interpretações a que todos temos direito.

d)     Estereótipos –  da mesma forma que a palavra responsável é como um bálsamo para a nossa vida, aquela carregada de preconceito, de julgamento pode ressoar como um reforço para as quedas morais, especialmente porque todos nos encontramos em processo de reeducação. A postura de respeito às diferenças, e aqui vale as de toda ordem, é um preceito basilar da Doutrina Espírita, pois que representa uma das maiores virtudes apregoadas por Jesus Cristo.

e)      Linguagem muito rebuscada - muitas vezes, alguns oradores lançam mão de termos difíceis, sob a justificativa de ser convincentes, sem se darem conta de que esta postura dificulta a compreensão da mensagem que querem passar. O uso de muita erudição, além de provocar distanciamento entre a pessoa que fala e seus ouvintes, empreende um tom de superioridade, ferindo assim, os preceitos da Doutrina Espírita.  Vale lembrar que uma boa comunicação é aquela que atinge a todo o público, isto é, pode ser compreendida por todos os ouvintes, desde o mais simples até o mais instruído. Portanto, sabedoria e simplicidade andam juntas, basta nos reportarmos ao nosso exemplo maior: Jesus Cristo;

f)       Evite reforçar de forma repetitiva, quadros dolorosos de violência, desastres, catástrofes- a casa espírita é composta de irmãos encarnados e desencarnados que a buscam para o conforto espiritual. Trata-se de um pronto-socorro na Terra, para tratarmos das nossas doenças de ordem física, psíquica e espiritual. Em considerando o nosso quadro evolutivo em que ainda nos prendemos ao trágico, nos ligamos ao que está mais próximo, o que justifica que busquemos em nossas preleções, contribuir para construção de quadros mentais que contemplem o bem e do belo.

g)      Não extrapole o tempo da sua fala - leve em consideração que a casa espírita e os ouvintes possuem uma programação a ser cumprida. Sem contar que a Espiritualidade Maior que assiste a todos nós, cumpre uma agenda pautada na disciplina e na organização. Ferir o tempo é não prestar atenção para esses detalhes!
Não esqueça da sublime oportunidade de semear o bem na mente dos ouvintes durante uma palestra  ou em qualquer outra forma de comunicação espírita.

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